Lembre-se que em uma empresa você pode
controlar tudo, menos as vendas.
Faça suas escolhas, aproveite que um ano novo está
começando. Se já tem um negócio ou está pensando em montar um, pense à frente. O
que é mesmo o meu negócio? Qual é mesmo o meu papel? O que realmente pretendo?
No que poderá dar meu negócio?
Se
quiser continuar “dono”, pode apostar, seu negócio será eternamente pequeno. “Donos”
normalmente exercem o poder com autocracia, gostam de ter capataz e não
gerente. Não veem ou valorizam as pessoas como colaboradores, apenas como meras
peças funcionais, substituíveis ou mesmo dispensáveis a qualquer momento. Pior,
não investem nem em autocapacitação. “Donos” já sabem tudo, são administradores
completos. Decidem melhor do que qualquer outro. Assumem riscos e tomam
prejuízos, e o pior não admitem críticas ou são tão solitários em suas decisões
que nem senso crítico tem. Muito provavelmente continuarão com seus pequenos
arranjos empresariais até se cansarem e fecharem. Resistem na divisão de
responsabilidades, não semeiam conhecimento, não passam o ofício e não admitem
novas convicções.
É
claro que a regra não é geral. Existem bons “donos”, prefiro distingui-los como
empreendedores. Talentos natos que, por si só ou com pouquíssimos e fiéis
colaboradores ou até mesmo sócios não regulamentares tem sucesso. São
competentíssimos donos de si e do seu negócio.
O
detentor do capital para o negócio, se pensar em empresa, em ser
verdadeiramente empresário, terá que experimentar o exercício do poder sem
despotismo, tirania, ditadura e outras condutas inadequadas. Irá delegar
responsabilidades funcionais para gestores e ou gerentes. Daí então terá condições
de exercer tarefa mais nobre: pensar estrategicamente.
O
que vem a ser isto? – pensar estrategicamente -. Simplificando, seria
reconhecer que a incerteza é frequente. Que para a realização dos objetivos, há
que vencer forças adversas. Para vencer forças adversas e prosperar é
necessário identificar oportunidades e atuar para aproveitá-las. A partir daí, o empresário, obtém um modo adequado
de ocupar seu tempo de trabalho em um esforço do jeito certo para que as metas
sejam atingidas e garantidas.
Falamos
então em pensar estrategicamente, daí iremos para a consolidação do pensamento
em um documento que podemos denominá-lo como Planejamento Estratégico. Tal
documento, por ser estratégico e, portanto, confidencial, não deve detalhar
muito os meios de alcance dos resultados, afinal existe, guardado as
proporções, espionagem. O meio mais notável e importante de se conseguir
objetivos está relacionado com a “contaminação” das pessoas, estas sim são
importantes e indispensáveis no processo. Não se obtém resultado na execução do
planejamento estratégico sem um adequado processo estratégico. As mesmas
técnicas para conquistar fidelidade dos clientes também funcionam para os
funcionários. Afinal, ambos os esforços dependem de tratar as pessoas com
respeito, sendo transparente, eficiente na comunicação e principalmente honesto
com os compromissos e convicções.
O
empresário deve exercitar com os colaboradores algumas perguntas:
Para que a empresa existe?
Para quem a empresa existe? Repasse para os colaboradores mais algumas perguntas:
Você, na sua função, existe para quê e para quem? Dessa forma você encontrará
respostas para identificar missão, valores e objetivos e terá assim a visão do
seu negócio e o comprometimento com as ideias e objetivos.
Considere
que na maior parte do tempo serão os funcionários que estarão em contato com os
seus clientes. Quem atende aos telefonemas da empresa? Quem recebe os clientes?
Quem recebe suas demandas? Tão importante quanto pesquisar a satisfação dos
clientes é garantir a satisfação dos seus funcionários.
Com
uma forma mais eficaz de gestão os empresários obterão resultados mais
qualificados.
Pense
então em se organizar, aproxime-se de pessoas de boa capacitação para encurtar
caminhos e obter conhecimento para uma gestão mais qualificada. Viabilize
informações gerenciais adequadas e tempestivas. Se o seu negócio é comércio, dedique-se
mais às compras para obter boas vendas. Faça investigação de qualidade e
precificação dos produtos e serviços. Lembre-se que em uma empresa você pode
controlar tudo, menos as vendas. Estas dependem do consumidor, deste soberano
que decide se quer ou não o seu produto ou serviço. Como chegar até eles ou provocá-los a vir até
a sua empresa? Se o ambiente é fértil, e
se o coração das pessoas está ou pode ser conquistado, sua empresa irá bem.
Escrevemos
neste espaço sempre com a premissa de, a partir do centro nordeste mineiro,
pensar regionalmente com amplitude global.
Noraldo E Machado