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sábado, 18 de janeiro de 2014

Liderança

A questão não é esforçar-se para se tornar um líder
 mas descobrir e tornar-se você mesmo.
Digo, não é do meu temperamento, nunca foi, mas fui vencido e resolvi me entregar à observação incrédula da falta de interesse das pessoas em fazer certo da primeira vez, em trabalhar com satisfação, em querer aprender e serem liderados. O bordão é o seguinte: não espere que aprendam o que eles não querem. Não estão nem aí.
Faço uma reflexão e concluo: precisamos de boas lideranças e de liderados interessados em crescer, aprender.
Em muitas ocasiões pude dizer a alguns almejantes a líder que não se deve delegar tarefas antes de domina-las ou tê-las em conceito. Não sei se fui entendido, mas o que quis dizer é que para delegar alguma tarefa o líder deve pelo menos conhecer o conceito do contexto, ou seja, onde aquela tarefa interfere e é importante no processo. É de extrema importância que o almejante a líder saiba explicar o conceito e o contexto para o liderado.
Margaret Thatcher dizia: “se precisar provar, então não é líder”. Sábias palavras, ela sabia que liderar é exercer uma influência que inspire e mova as pessoas à ação, obtendo delas o máximo de cooperação e o mínimo de oposição. O problema se reside quando a influência é ambígua, que constrói e destrói com a mesma facilidade. Gandhi e Hitler? Ambos influenciaram o bem e o mal.
As pessoas confundem liderança e chefia.  Não são a mesma coisa. O cargo, o poder e o domínio técnico da função não são suficientes para transformar alguém em líder. O verdadeiro líder, além da capacidade técnica, é um formador qualificado de opinião, é aquele que consegue influenciar, estimular, motivar, mobilizar e conduzir pessoas para a realização de determinados objetivos.
É comum um pretenso líder procurar coagir, forçar, obrigar a sua equipe a trabalhar. Ele não motiva, apenas ameaça e amedronta. A ação é forçada e os resultados são mesquinhos. Apenas persuadir também não é a melhor receita. Persuadir o grupo, insistir, apelar e até, chantagear e buscar vencer pelo cansaço, geralmente faz com que o líder se canse primeiro.
Muitos se forjam líder, por ter o cargo, o poder agem de forma centralizadora, daí se irritam facilmente perde o respeito e começam a ter até dificuldade em se manter no mercado de trabalho. São semelhantes, o forjador e o líder autocrático que acham que só a sua maneira de fazer as coisas é a correta. Derramam certo temor nos liderados, para que não o contradigam.
O verdadeiro líder, devido a sua personalidade forte, capacidade, talento, entusiasmo e dinamismo, induz, ou seja, motiva, conduz a sua equipe para o trabalho. Ele leva os outros à ação. Isto é quase que imperceptível. O líder deve ser entusiasmado, otimista, motivado, participativo. Deve ter, em boa dosagem, espírito de equipe. Há situações que as respostas devem ser individuais.  O mais importante: deve saber delegar tarefas e cobrar resultados de forma legítima.
É um perigo o líder querer racionalizar os seus próprios erros, buscar desculpá-los ou justificá-los, convencendo-se a si mesmo de que seus erros na realidade são acertos. Mais ainda, relutar em delegar atribuições também é falha mortal, pois entra em choque com uma das funções do líder que é delegar responsabilidades.  A teimosia também tem apenas um gume - nos outros existe teimosia, mas em mim existe firme convicção -.

Continuarei com o cultivo da minha firmeza, mas me esforçarei em ter a paciência para observar, líderes e liderados. Quem sabe sou um líder servidor?

Em busca da compreensão

Êh Quintana, Mário: quiseste acabar com o mistério: – "A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”, afirmaste com convicção.
            Eu questionador pergunto: já deitou, a cabeça ficou sem peso? o corpo acomodou-se? pensou? quem pensou? você? quem é você? a alma? o espírito? a consciência? Dizem os espíritas que alma é o espírito encarnado e que espírito é a alma desencarnada, entendeu? fácil? Mais fácil é entender o que Quintana expressou.
            Os mistérios universais perduram. Não é difícil pensar e de si próprio tirar sua convicção de que existimos em corpo e consciência, entretanto, vacilamos na hora que pensamos se a consciência está circunscrita na matéria cerebral ou é uma coisa energética, fora desta dimensão que vimos e apalpamos. Depois que morremos, pra onde vai a consciência?
            Mais difícil ainda é expressarmos nossos questionamentos quando apoiamos a cabeça no travesseiro e ficamos em vigília.
            O cinema já tentou mostrar: em 2003 um filme, “21 Gramas”, mostrou que um médico americano no início do século passado fez uma experiência com doentes terminais. Colocou cada paciente, com cama e tudo, sobre uma balança gigante. Quando a vida cessou, a balança mexeu de forma repentina  como se algo tivesse deixado o corpo, a balança mexeu 21 gramas, e o doutor concluiu que esse era o peso da alma.
            Deixemos estas coisas pra lá e voltemos ao nosso mundinho de perguntas sem os esclarecimentos, ou melhor, dúvidas, trazidas pela medicina, a biologia, a física quântica ou o ramo científico que seja. Vamos levando na nossa ignorância, na nossa fé: Deus existe? de onde viemos? qual é o sentido da vida? o que acontece após a morte? há vida fora da Terra? destino existe?
            De novo Quintana, desta vez com indagações: - “a resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas”-.
            Vivemos hoje na sociedade da informação, da informação facilitada, rápida, pronta, é fato. A cultura geral piorou, a filosofia está em crise porque está à margem da sociedade e perdeu lugar, espaço. Perguntamos para que serve a filosofia? Tudo. A filosofia nos ensinou o método, lógica, teoria, conhecimento. Como aplicar uma lei sem discutir ética, moral, julgamento, valores? Como aplicar uma ciência sem discutir hipótese, tese, lógica. Tudo isso está em uso, mas a filosofia está em desuso. A informação banalizada não exige método de pesquisa, a pesquisa não é mais nem em livros, é na internet. Tá tudo à mão, não precisa esforço, todo mundo sabe tudo, basta um click.
Mas o mistério da fé continua, ainda bem!