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sábado, 24 de novembro de 2012

Os tempos modernos exigem adaptação


Aqui estamos de novo. Lembro que os artigos aqui disponíveis são simultaneamente publicados na Revista IN PACTO. Digo com humildade que além de artigos também ordeno pesquisas, posso chamar isso de coletânea. Importante é avaliar se mantemos a proposta da coluna: produzir ensaios que possam contribuir para um debate legítimo sobre economia, administração e negócios no centro nordeste mineiro, de forma regional, mas com visão global.
Desta vez, lembrei-me de um evento cooperativista do qual recentemente participei no sul país. Lá um palestrante de renome internacional, autor dos livros, Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência de explicar e O marketing na era do NEXO, falava sobre a morte de Steve Jobs e sua repercussão. Muitas foram as reflexões sobre as posições e realizações deste gênio da tecnologia e da inovação.
Dizia o palestrante: “Nunca o mundo dos negócios sofreu tamanha metamorfose como nos últimos anos. Nosso grande problema é que tecnologia e negócios mudam rápido, mas pessoas não”. A afirmação é de Walter Longo.
Na palestra as frases prontas iam saindo. – “Seu negócio não é o que você pensa, mas o que os clientes compram” -. Daí lembrava-me, diacho; pensava a mesma coisa quando disse em um dos meus artigos: ... em uma empresa você pode controlar tudo, menos as vendas. Motivei-me e pensei, estou mesmo em sintonia com o novo. Estou cumprindo o compromisso com os leitores de IN PACTO.

E mais frases vinham – “Cliente não tem sempre razão. Ele quer que você diga o que ele deve querer”. – “Tamanho não é documento. O mais importante é o tamanho da visão da empresa”. Pensava; que espetáculo, como seria bom que mais empreendedores e agentes econômicos de Guanhães e região estivessem aqui para ouvir isso.

Internalizei uma coisa muito importante. A perfeição é uma meta, mas o perfeccionismo é um defeito. No mundo dos negócios o bom não é inimigo do ótimo. Hoje já não precisamos buscar o ótimo sempre, mas o suficientemente bom, esse é o conceito das empresas de sucesso. 

Uma nova postura é exigida dos líderes. Estes devem criar um ambiente organizacional para que os colaboradores ou funcionários rebeldes sejam bem-aceitos. Anotei: os agentes inovadores dentro das organizações, que estão abertos à inovação e à quebra de paradigmas, têm um pouco desses rebeldes, mas também das pessoas otimistas e felizes, que possuem visão e são capazes tanto de trabalhar em grupo quanto individualmente.

O conceito de trabalhar em equipe hoje é discutível. Há tantas pessoas preocupadas em trabalhar em grupo que acabamos perdendo a coragem e a ousadia desses indivíduos. Se pensarmos num país, ele não evolui apenas por disseminar cultura, mas por nutrir seus rebeldes. Nas organizações é a mesma coisa. São esses rebeldes, aquelas pessoas difíceis, que contestam a autoridade, que criam diferenciais e fazem a empresa ir para frente.

É bom que se diga. Atenção! Walter Longo chama de rebelde não o profissional contra tudo, mas aquele que tem ênfase faz as coisas com paixão e acredita no impossível.

Voltando ao que Steve Jobs pensava e estava certo quando a Apple lançava um produto que estava suficientemente bom. Se era novidade, mesmo que para ele, Steve, não estivesse perfeito, atrairia compradores e traria parcerias para o desenvolvimento da próxima versão. O iPhone foi se desenvolvendo, parceiros tecnológicos se aproximaram da Apple para mostrar adequacidade, fazer alianças para a melhoria da inovação lançada.


Acho que o escrito até aqui já está suficientemente bom para ser entendido. Devo finalizar lembrando que na velocidade do tempo em que vivemos uma oportunidade deve ser imediatamente aproveitada. O mercado é cruel e pune aqueles que ficam “patinando”, hesitando e não agem em função de ficar esperando a perfeição o momento mais adequado. Steve Jobs surpreendeu, acho que ouviu Vandré, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”.

sábado, 29 de setembro de 2012


Reflexões e Estratégias
TPM em três tempos:
 
Tempo Para Meditar,

Tempo Para Mediar,

Tempo Para Movimentar.

Mais um número da revista IN PACTO e aqui estou diante de um dos maiores desafios do homem, um lápis e uma folha de papel em branco esperando uma idéia. É bem verdade que nos dias de hoje o lápis é um teclado e a folha de papel um documento Word pronto para receber, no caso, uma idéia relacionada com o tema, economia, administração e negócios. Queria eu ser um desenhista, pintor para, inspirado, desenhar uns traços, pintar uma aquarela. 

Vamos lá! Falar de um planejamento estratégico é coisa batida demais. Os mais familiarizados com o tema já sabem de cor e salteado sobre o triedro do plano, o estratégico, o tático e o operacional. Sabem mais; que um planejamento estratégico organizacional é idealizado de acordo com o porte e a estrutura da empresa. Esta estrutura é que vai definir a mobilização dos principais funcionários. É o que se chama de planejamento participativo. 

Mas e aí? E se não houver competências suficiente para discussão dos rumos do seu negócio. E se você empresário estiver sozinho no barco. Você sozinho vai ter que formular objetivos, estabelecer prioridades a curto e longo prazo. Vai ter que colocar sua visão, seu sonho, o futuro realizável. Tem ainda que definir sua missão, seus rumos. Minha empresa existe pra quê, melhor dizendo pra quem. 

Se for pesquisar demais vai cair na matriz de swot e aí vai complicar. Terá que exercitar pontos fortes e fracos, ações de manutenção e desenvolvimento do negócio, ameaças e oportunidades proporcionadas pelo mercado, concorrência, cenários, conjuntura econômica, governo. Voltando à proposta e nome desta coluna, qual seja: pensamento regional com visão globalizada vou simplificar isso tudo. 

Siga três etapas. Primeiro, selecione princípios. O que vem a ser isso? Selecionar princípios é reunir todas as informações sobre seu negócio. Veja suas finanças, capital próprio, viabilidade de trabalhar com capital de terceiros. Pesquise fornecedores, potenciais clientes, mercado. Veja seu estoque, enfim junte tudo em uma mesa. 

Examine todos os documentos selecionados. Descarte o que não é importante. A partir daí é que você poderá entrar na terceira etapa; execução do seu plano de negócios. Entendido então? Selecionar princípios, examinar e executar. Faça as coisas nesta ordem.

Vou simplificar mais ainda, e mais, vou usar uma sigla muito dita hoje para você não esquecer, TPM, isso mesmo TPM. No caso em questão uso a sigla para mostrar três letras que simbolizam: Tempo Para Meditar, Tempo Para Mediar, Tempo Para Movimentar.

Estão vendo; tudo é a mesma coisa. Estratégico é igual “Tempo Para Meditar” que é igual selecionar princípios. Tático é igual “Tempo para Mediar” que é igual analisar e por último, operacional é igual executar que é igual a “Tempo Para Movimentar”. Guardem apenas isso, TPM em três tempos: meditar, mediar e movimentar.

Convido-os então a freqüentemente analisar nossas tarefas realizadas e ter como meta apontar para nós mesmos o que poderia ter sido melhor, o que podemos fazer melhor, seja no uso dos recursos materiais, humanos e financeiros ou na redução de tempo gasto em tarefas que não trazem resultados.

Há sempre o que mudar, sair da mesmice, questionarmos como desenvolvemos nossas tarefas, quais os métodos e estratégias estamos utilizando. Não existe uma ferramenta, um jeito melhor? Podemos as vezes estar cortando o pão com uma colher. 

Uma vez decidida a iniciativa, trace cenários, separe pontos críticos, veja as alternativas, tome uma postura, aja!

domingo, 15 de julho de 2012

Resolva os conflitos empresariais e terá mais produtividade e sustentabilidade em seus negócios.

Estava eu em certo evento em data não muito remota. Era um seminário de comunicação empresarial promovido pelo meio cooperativista. Ouvia atentamente.  Aquilo fazia sentido.  A jornalista Leila Ferreira proferia a palestra com o tema “É conversando que a gente se entende – A importância da Comunicação Interpessoal”. Dizia ela: a primeira competência do indivíduo deve ser a competência relacional. Nunca mais me esqueci disso.
Leila dizia ainda, a competência relacional é mais importante do que capacitação técnica ou diplomas.
De acordo com Leila, a capacidade de escutar, a gentileza, o bom humor e o calor humano são elementos que tem se perdido gradualmente em nossa sociedade. De acordo com a jornalista, as conversas são, cada vez mais, monólogos em que “você está com a pessoa, mas a pessoa não está com você”.
Saí de lá convicto que eu devia mudar de postura. Nem sempre eu empregava a sabedoria de escutar. Pensava; parece eu ser prematuro de nascença, quero antecipar tudo, soluções, prazos de execução. Não consigo respeitar o ritmo dos outros. Na execução de projetos, prefiro trabalhar sozinho, sou egoísta. A autoestima abaixou. Não estou me relacionando bem, sou incompetente, julgava-me com rigor.
Estou convicto até hoje. A competente palestrante se mantém certa. Entretanto, por mais que o personagem de comando: Proprietário, Diretor, Superintendente, Gerente, Supervisor, Chefe, qualquer um que esteja rotulado por tais “apelidos” se habilite da tal competência relacional, na plenitude, haverá adversidades nas relações de trabalho que o tirarão do sério.
Em uma empresa, se o administrador ou equipe de trabalho condutora de mudanças precisar rearranjar funções, ritmo ou padrão de trabalho, adotar prazos de execução nas tarefas, exigir comprometimento, dentre outras medidas necessárias, devem prestar atenção. - Se não tiverem legitimidade, autoridade para adotar novos padrões aperfeiçoamentos, mudanças, incluindo o poder de substituir pessoas, se preparem; será certa a insurreição -. E mesmo que tenham isto tudo, a insurreição é ameaça iminente.
Haverá “emboscadas” e até mesmo motim de grupos que são contra os novos padrões de exigências que as novas autoridades constituídas empregam. E aí, como é que fica a competência relacional? Se por mais que as medidas venham a ser legitimas, as pessoas resistentes às mudanças, sobretudo as defensoras daquilo que achavam indelével, própria da cultura empresarial que comodamente as mantiveram na “zona de conforto”, se rebelam. Quando não explícita a frase implícita é: nós sempre fizemos isso dessa forma aqui.
Para ter sucesso relacional, o executor em questão, poderá ter que empregar a terrível postura de um comandante hipócrita, morde e assopra por exemplo. Mas e aí? As pessoas acostumadas na zona de conforto, que consideram seu espaço de trabalho como feudo, seu método incontestável, seu jeito de fazer imutável, continuarão promovendo insurreição e até desobediência. Onde houver mais de um desses haverá um ambiente hostil.  Também é comum a estes espalharem fofocas entre os colegas mais próximos. Podem levar situações da empresa para fora da empresa o que dissemina o conflito. Em prejuízo maior isso pode trazer interpretações levianas, comentários na sociedade, elevando o risco reputacional da empresa, já que a concentração da equipe é inevitavelmente abalada apenas com a fofoca interna.
Se isso é certo que pode acontecer, começo a pensar então na frase “você está com a pessoa, mas a pessoa não está com você”. Colocando-a num sentido mais amplo seria, você que está executando o rearranjo empresarial está com a empresa, mas as pessoas podem não estar nem com você e nem coadunando com a necessidade da empresa.
A conclusão que chego é que a harmonia nas relações nada mais é do que um encontro de características pessoais e profissionais exige muita dedicação e força de vontade para fazer o relacionamento dar certo. As vezes é necessário perdas.
Penso, problemas de incompatibilidade devem ser tratados sempre decidindo pelo que é melhor para empresa. Em um contexto diversificado, encontramos personalidades diferentes que, juntas, formam uma personalidade maior - a empresa, cujos objetivos e metas devem estar em sintonia com os objetivos pessoais.
Ninguém é perfeito, nem consegue por muito tempo ficar na moda como o politicamente correto. Ninguém é bonzinho, nem “mauzinho”, deve procurar ser justo. Não finja que não existem situações que não o afete. Será que é melhor envermelhar de uma vez ou amarelar, pergunte-se, e busque a melhor forma de posicionar-se.
 O importante é tomar medidas e legitima-las, não tentar explicar o inexplicável. Passar conceitos antes de delegar. Posso estar errado, mas penso que a administração de conflitos no trabalho tem uma característica muito interessante: não é ensinada nas escolas de administração.
Os conflitos no trabalho existirão e as pessoas reagirão sempre que estiverem sujeitas às pressões ou expectativas. Ademais os choques de personalidades são inevitáveis. Quem pode afirmar que nunca vivenciou um conflito, seja de ordem pessoal ou profissional, em sua empresa? Fatos comprovam que os bons profissionais são os que passam por experiência como agentes de mudança. Os melhores passaram até por rejeições de convivência com pessoas resistentes.
Curiosamente, para a empresa, a pior situação de conflito ocorre quando as relações são frias e distantes uns com os outros, o que leva a um descomprometimento entre os indivíduos silenciosamente conflitantes.  Passa a ser visível por parte de quem não está envolvidos no conflito e estes, comprometidos com a empresa, tendem a cobrar dos dirigentes uma posição sobre esta forma de desídia.
E bom que haja, eventualmente, algum tipo de conflito, pois, são estes tipos de divergências que trazem também a inovação, a melhoria, a vantagem competitiva e o debate de ideias.  Mas os litigantes devem ter admiração pela empresa e pelo companheiro de trabalho, caso contrário a parceira não funciona. Saber reconhecer seus próprios erros, pedindo desculpas quando for necessário não significa ser vencido, pois em uma empresa não pode haver vencidos nem apenas vencedores.
Qualquer profissional deveria ser capaz de desenvolver a sua capacidade de entender a natureza dos conflitos e rapidamente estabelecer uma estratégia de solução, de maneira a que não fiquem ressentimentos, nenhuma sensação de derrota e muito menos um mal ambiente de trabalho, mas isto é utopia. É preciso gente de fora da empresa para tratar os problemas mais agudos e aí entra os profissionais da área comportamental, saindo fora os administradores.
Resolva os conflitos empresariais e terá mais produtividade, diria mesmo sustentabilidade em seus negócios.
Se sua empresa precisa administrar conflitos, aqui em Guanhães e região você pode procurar a Maximus – Consultoria Organizacional e de Recursos Humanos.

domingo, 3 de junho de 2012

Necessidades e possibilidades
Este binômio está em todas as situações de negócios.

Fique firme ao começar a ler. Se passar do primeiro parágrafo as coisas sairão do óbvio, prometo.
Queria eu nesse artigo escrever sobre o binômio: necessidade e possibilidade. Fácil, dois termos contumazmente empregados. Por exemplo: um dos pais, com a guarda de um filho em litígio ou não, vai em busca da ajuda do outro para suprir a necessidade alimentícia para o filho que está sob sua guarda. É o mínimo que o filho precisa, alimentar. Isso é básico, é preciso que se encontre a possibilidade de suprir tal necessidade. O filho, no caso uma criança, é incapaz, não pode auto-sustentar.
No campo da ciência, não dispomos de meios para viajar mais depressa do que a luz. Talvez haja esta possibilidade em outros mundos com leis da física diferentes. Na verdade, isto é impossibilidade ou possibilidade relativa, coisa intuitiva. A necessidade, ainda bem, está longe de se evidenciar, não é preciso ainda viajar tão rápido.
Voltamos então ao nosso caso, do nosso ponto de vista, de coisas palpáveis, simples aos nossos olhos. Vamos então continuar nosso raciocínio para possibilidades absolutas e concomitantemente necessidades absolutas no nosso pequeno domínio das duas situações.
Ao focar no que é peculiar abordar nesta coluna, ou seja, investimentos, administração, organização, negócios, empresas, mercado e temas afins, não podemos desprezar o binômio necessidade/possibilidade pois nisso tudo estão envolvidos produtos e serviços, condições de utilização e logística para o suprimento e disponibilização para o consumidor.
Pensando em desenvolver o tema, veio a necessidade de incluir mais um elemento, o desejo, este, mais subjetivo do que a necessidade.
O mercado é composto por desejos e necessidades, desejo é um sonho almejado, um pouco diferente disso é uma necessidade, pois a necessidade é o básico que um consumidor precisa. Vestir-se, alimentar-se ou locomover-se, é necessidade do ser humano, por sua vez usar a melhor roupa de certa grife, comer em um restaurante luxuoso e andar com o carro mais caro que o dinheiro pode comprar é um desejo.
Identificar quando um desejo pode transforma-se em necessidade muitas vezes faz lojistas saírem na frente. Digo lojistas porque estamos mais próximos disso aqui no Centro Nordeste Mineiro. É lógico que os grandes players industriais pesquisam isso e mantém ligados observadores do comportamento dos consumidores. Eles, sem dívida antecipam. Por isso temos que, daqui, da nossa região estarmos atento aos movimentos dos grandes players. Eles necessitarão sempre de um braço aqui no nosso mundinho. Estamos aí para formarmos boas alianças. Aqui tem consumidores e não são desprezíveis. Tem também bons empreendedores, não é mesmo?
A forma como o produto é visto pelo consumidor muda, suas características se alteram, o ciclo de vida diminui. O telefone celular era um artigo desejado, hoje é indispensável a todos. Mas é também exacerbado o consumo de futilidades ligadas a uma primeira necessidade, a da comunicação.
Continuando nesse contexto da comunicação, esta virou necessidade primária, então há amplas e facilitadas possibilidades para adquirir um aparelho e contratar os serviços a ele aplicáveis.
Em pouco tempo o sonho, o telefone celular, teve mais unidades vendidas que assinaturas de telefones fixos, esta é uma mudança de conceito que assegurou bons resultados a muitos.
Certa ocasião, eu próprio observei o produto Tang, aquele pó para suco. Líder de venda. Cada pacote tinha cerca de 50 a 60 gramas. O mercado atendeu uma necessidade de saquinhos maiores que faziam 2 litros (240 gramas). Com Tang era preciso 2 saquinhos para fazer dois litros (100-120 gramas). Vieram os mais baratos mais populares, Tang não entrou nessa. Ao mesmo tempo apareceram também marcas do mesmo produto com preços mais competitivos para 50 a 60 gramas. Tang então reduziu a gramatura 35 gramas para baixar o preço. Eu, consumidor, desconfiei do preço ter abaixado. Pra mim ficou o seguinte: houve a necessidade de o produto ajustar-se, não só em preço, mas em embalagem mais prática, que fizesse dois litros. A resposta do fabricante foi econômica, ou seja, a possibilidade encontrada não me atendeu como consumidor e me senti lesado. Será que foi só eu? A marca Tang é poderosa, é da Kraft.
O mercado é cruel para quem não evolui, elimina gigantes. Assim aconteceu com a Kodak que sucumbiu à competitividade das câmeras digitais. Sabe-se que um princípio básico de empreendedorismo e liderança é observar o mercado e o consumidor. Quem não acompanha as necessidades, as exigências, fica sem possibilidades de atender e aí fica sem vender.
Fiquem atentos, necessidades precisam ser atendidas, que sejam criativas as possibilidades.

sábado, 28 de janeiro de 2012

NOVO TEMPO, NÃO PERCA TEMPO!


Lembre-se que em uma empresa você pode controlar tudo, menos as vendas.

         Faça suas escolhas, aproveite que um ano novo está começando. Se já tem um negócio ou está pensando em montar um, pense à frente. O que é mesmo o meu negócio? Qual é mesmo o meu papel? O que realmente pretendo? No que poderá dar meu negócio?
Se quiser continuar “dono”, pode apostar, seu negócio será eternamente pequeno. “Donos” normalmente exercem o poder com autocracia, gostam de ter capataz e não gerente. Não veem ou valorizam as pessoas como colaboradores, apenas como meras peças funcionais, substituíveis ou mesmo dispensáveis a qualquer momento. Pior, não investem nem em autocapacitação. “Donos” já sabem tudo, são administradores completos. Decidem melhor do que qualquer outro. Assumem riscos e tomam prejuízos, e o pior não admitem críticas ou são tão solitários em suas decisões que nem senso crítico tem. Muito provavelmente continuarão com seus pequenos arranjos empresariais até se cansarem e fecharem. Resistem na divisão de responsabilidades, não semeiam conhecimento, não passam o ofício e não admitem novas convicções. 
É claro que a regra não é geral. Existem bons “donos”, prefiro distingui-los como empreendedores. Talentos natos que, por si só ou com pouquíssimos e fiéis colaboradores ou até mesmo sócios não regulamentares tem sucesso. São competentíssimos donos de si e do seu negócio.
O detentor do capital para o negócio, se pensar em empresa, em ser verdadeiramente empresário, terá que experimentar o exercício do poder sem despotismo, tirania, ditadura e outras condutas inadequadas. Irá delegar responsabilidades funcionais para gestores e ou gerentes. Daí então terá condições de exercer tarefa mais nobre: pensar estrategicamente.
O que vem a ser isto? – pensar estrategicamente -. Simplificando, seria reconhecer que a incerteza é frequente. Que para a realização dos objetivos, há que vencer forças adversas. Para vencer forças adversas e prosperar é necessário identificar oportunidades e atuar para aproveitá-las.  A partir daí, o empresário, obtém um modo adequado de ocupar seu tempo de trabalho em um esforço do jeito certo para que as metas sejam atingidas e garantidas.
Falamos então em pensar estrategicamente, daí iremos para a consolidação do pensamento em um documento que podemos denominá-lo como Planejamento Estratégico. Tal documento, por ser estratégico e, portanto, confidencial, não deve detalhar muito os meios de alcance dos resultados, afinal existe, guardado as proporções, espionagem. O meio mais notável e importante de se conseguir objetivos está relacionado com a “contaminação” das pessoas, estas sim são importantes e indispensáveis no processo. Não se obtém resultado na execução do planejamento estratégico sem um adequado processo estratégico. As mesmas técnicas para conquistar fidelidade dos clientes também funcionam para os funcionários. Afinal, ambos os esforços dependem de tratar as pessoas com respeito, sendo transparente, eficiente na comunicação e principalmente honesto com os compromissos e convicções.
O empresário deve exercitar com os colaboradores algumas perguntas:
Para que a empresa existe? Para quem a empresa existe? Repasse para os colaboradores mais algumas perguntas: Você, na sua função, existe para quê e para quem? Dessa forma você encontrará respostas para identificar missão, valores e objetivos e terá assim a visão do seu negócio e o comprometimento com as ideias e objetivos.
Considere que na maior parte do tempo serão os funcionários que estarão em contato com os seus clientes. Quem atende aos telefonemas da empresa? Quem recebe os clientes? Quem recebe suas demandas? Tão importante quanto pesquisar a satisfação dos clientes é garantir a satisfação dos seus funcionários.
Com uma forma mais eficaz de gestão os empresários obterão resultados mais qualificados.
Pense então em se organizar, aproxime-se de pessoas de boa capacitação para encurtar caminhos e obter conhecimento para uma gestão mais qualificada. Viabilize informações gerenciais adequadas e tempestivas. Se o seu negócio é comércio, dedique-se mais às compras para obter boas vendas. Faça investigação de qualidade e precificação dos produtos e serviços. Lembre-se que em uma empresa você pode controlar tudo, menos as vendas. Estas dependem do consumidor, deste soberano que decide se quer ou não o seu produto ou serviço.  Como chegar até eles ou provocá-los a vir até a sua empresa?  Se o ambiente é fértil, e se o coração das pessoas está ou pode ser conquistado, sua empresa irá bem.
Escrevemos neste espaço sempre com a premissa de, a partir do centro nordeste mineiro, pensar regionalmente com amplitude global.


Noraldo E Machado