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domingo, 3 de junho de 2012

Necessidades e possibilidades
Este binômio está em todas as situações de negócios.

Fique firme ao começar a ler. Se passar do primeiro parágrafo as coisas sairão do óbvio, prometo.
Queria eu nesse artigo escrever sobre o binômio: necessidade e possibilidade. Fácil, dois termos contumazmente empregados. Por exemplo: um dos pais, com a guarda de um filho em litígio ou não, vai em busca da ajuda do outro para suprir a necessidade alimentícia para o filho que está sob sua guarda. É o mínimo que o filho precisa, alimentar. Isso é básico, é preciso que se encontre a possibilidade de suprir tal necessidade. O filho, no caso uma criança, é incapaz, não pode auto-sustentar.
No campo da ciência, não dispomos de meios para viajar mais depressa do que a luz. Talvez haja esta possibilidade em outros mundos com leis da física diferentes. Na verdade, isto é impossibilidade ou possibilidade relativa, coisa intuitiva. A necessidade, ainda bem, está longe de se evidenciar, não é preciso ainda viajar tão rápido.
Voltamos então ao nosso caso, do nosso ponto de vista, de coisas palpáveis, simples aos nossos olhos. Vamos então continuar nosso raciocínio para possibilidades absolutas e concomitantemente necessidades absolutas no nosso pequeno domínio das duas situações.
Ao focar no que é peculiar abordar nesta coluna, ou seja, investimentos, administração, organização, negócios, empresas, mercado e temas afins, não podemos desprezar o binômio necessidade/possibilidade pois nisso tudo estão envolvidos produtos e serviços, condições de utilização e logística para o suprimento e disponibilização para o consumidor.
Pensando em desenvolver o tema, veio a necessidade de incluir mais um elemento, o desejo, este, mais subjetivo do que a necessidade.
O mercado é composto por desejos e necessidades, desejo é um sonho almejado, um pouco diferente disso é uma necessidade, pois a necessidade é o básico que um consumidor precisa. Vestir-se, alimentar-se ou locomover-se, é necessidade do ser humano, por sua vez usar a melhor roupa de certa grife, comer em um restaurante luxuoso e andar com o carro mais caro que o dinheiro pode comprar é um desejo.
Identificar quando um desejo pode transforma-se em necessidade muitas vezes faz lojistas saírem na frente. Digo lojistas porque estamos mais próximos disso aqui no Centro Nordeste Mineiro. É lógico que os grandes players industriais pesquisam isso e mantém ligados observadores do comportamento dos consumidores. Eles, sem dívida antecipam. Por isso temos que, daqui, da nossa região estarmos atento aos movimentos dos grandes players. Eles necessitarão sempre de um braço aqui no nosso mundinho. Estamos aí para formarmos boas alianças. Aqui tem consumidores e não são desprezíveis. Tem também bons empreendedores, não é mesmo?
A forma como o produto é visto pelo consumidor muda, suas características se alteram, o ciclo de vida diminui. O telefone celular era um artigo desejado, hoje é indispensável a todos. Mas é também exacerbado o consumo de futilidades ligadas a uma primeira necessidade, a da comunicação.
Continuando nesse contexto da comunicação, esta virou necessidade primária, então há amplas e facilitadas possibilidades para adquirir um aparelho e contratar os serviços a ele aplicáveis.
Em pouco tempo o sonho, o telefone celular, teve mais unidades vendidas que assinaturas de telefones fixos, esta é uma mudança de conceito que assegurou bons resultados a muitos.
Certa ocasião, eu próprio observei o produto Tang, aquele pó para suco. Líder de venda. Cada pacote tinha cerca de 50 a 60 gramas. O mercado atendeu uma necessidade de saquinhos maiores que faziam 2 litros (240 gramas). Com Tang era preciso 2 saquinhos para fazer dois litros (100-120 gramas). Vieram os mais baratos mais populares, Tang não entrou nessa. Ao mesmo tempo apareceram também marcas do mesmo produto com preços mais competitivos para 50 a 60 gramas. Tang então reduziu a gramatura 35 gramas para baixar o preço. Eu, consumidor, desconfiei do preço ter abaixado. Pra mim ficou o seguinte: houve a necessidade de o produto ajustar-se, não só em preço, mas em embalagem mais prática, que fizesse dois litros. A resposta do fabricante foi econômica, ou seja, a possibilidade encontrada não me atendeu como consumidor e me senti lesado. Será que foi só eu? A marca Tang é poderosa, é da Kraft.
O mercado é cruel para quem não evolui, elimina gigantes. Assim aconteceu com a Kodak que sucumbiu à competitividade das câmeras digitais. Sabe-se que um princípio básico de empreendedorismo e liderança é observar o mercado e o consumidor. Quem não acompanha as necessidades, as exigências, fica sem possibilidades de atender e aí fica sem vender.
Fiquem atentos, necessidades precisam ser atendidas, que sejam criativas as possibilidades.