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sábado, 18 de janeiro de 2014

Liderança

A questão não é esforçar-se para se tornar um líder
 mas descobrir e tornar-se você mesmo.
Digo, não é do meu temperamento, nunca foi, mas fui vencido e resolvi me entregar à observação incrédula da falta de interesse das pessoas em fazer certo da primeira vez, em trabalhar com satisfação, em querer aprender e serem liderados. O bordão é o seguinte: não espere que aprendam o que eles não querem. Não estão nem aí.
Faço uma reflexão e concluo: precisamos de boas lideranças e de liderados interessados em crescer, aprender.
Em muitas ocasiões pude dizer a alguns almejantes a líder que não se deve delegar tarefas antes de domina-las ou tê-las em conceito. Não sei se fui entendido, mas o que quis dizer é que para delegar alguma tarefa o líder deve pelo menos conhecer o conceito do contexto, ou seja, onde aquela tarefa interfere e é importante no processo. É de extrema importância que o almejante a líder saiba explicar o conceito e o contexto para o liderado.
Margaret Thatcher dizia: “se precisar provar, então não é líder”. Sábias palavras, ela sabia que liderar é exercer uma influência que inspire e mova as pessoas à ação, obtendo delas o máximo de cooperação e o mínimo de oposição. O problema se reside quando a influência é ambígua, que constrói e destrói com a mesma facilidade. Gandhi e Hitler? Ambos influenciaram o bem e o mal.
As pessoas confundem liderança e chefia.  Não são a mesma coisa. O cargo, o poder e o domínio técnico da função não são suficientes para transformar alguém em líder. O verdadeiro líder, além da capacidade técnica, é um formador qualificado de opinião, é aquele que consegue influenciar, estimular, motivar, mobilizar e conduzir pessoas para a realização de determinados objetivos.
É comum um pretenso líder procurar coagir, forçar, obrigar a sua equipe a trabalhar. Ele não motiva, apenas ameaça e amedronta. A ação é forçada e os resultados são mesquinhos. Apenas persuadir também não é a melhor receita. Persuadir o grupo, insistir, apelar e até, chantagear e buscar vencer pelo cansaço, geralmente faz com que o líder se canse primeiro.
Muitos se forjam líder, por ter o cargo, o poder agem de forma centralizadora, daí se irritam facilmente perde o respeito e começam a ter até dificuldade em se manter no mercado de trabalho. São semelhantes, o forjador e o líder autocrático que acham que só a sua maneira de fazer as coisas é a correta. Derramam certo temor nos liderados, para que não o contradigam.
O verdadeiro líder, devido a sua personalidade forte, capacidade, talento, entusiasmo e dinamismo, induz, ou seja, motiva, conduz a sua equipe para o trabalho. Ele leva os outros à ação. Isto é quase que imperceptível. O líder deve ser entusiasmado, otimista, motivado, participativo. Deve ter, em boa dosagem, espírito de equipe. Há situações que as respostas devem ser individuais.  O mais importante: deve saber delegar tarefas e cobrar resultados de forma legítima.
É um perigo o líder querer racionalizar os seus próprios erros, buscar desculpá-los ou justificá-los, convencendo-se a si mesmo de que seus erros na realidade são acertos. Mais ainda, relutar em delegar atribuições também é falha mortal, pois entra em choque com uma das funções do líder que é delegar responsabilidades.  A teimosia também tem apenas um gume - nos outros existe teimosia, mas em mim existe firme convicção -.

Continuarei com o cultivo da minha firmeza, mas me esforçarei em ter a paciência para observar, líderes e liderados. Quem sabe sou um líder servidor?

Em busca da compreensão

Êh Quintana, Mário: quiseste acabar com o mistério: – "A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe”, afirmaste com convicção.
            Eu questionador pergunto: já deitou, a cabeça ficou sem peso? o corpo acomodou-se? pensou? quem pensou? você? quem é você? a alma? o espírito? a consciência? Dizem os espíritas que alma é o espírito encarnado e que espírito é a alma desencarnada, entendeu? fácil? Mais fácil é entender o que Quintana expressou.
            Os mistérios universais perduram. Não é difícil pensar e de si próprio tirar sua convicção de que existimos em corpo e consciência, entretanto, vacilamos na hora que pensamos se a consciência está circunscrita na matéria cerebral ou é uma coisa energética, fora desta dimensão que vimos e apalpamos. Depois que morremos, pra onde vai a consciência?
            Mais difícil ainda é expressarmos nossos questionamentos quando apoiamos a cabeça no travesseiro e ficamos em vigília.
            O cinema já tentou mostrar: em 2003 um filme, “21 Gramas”, mostrou que um médico americano no início do século passado fez uma experiência com doentes terminais. Colocou cada paciente, com cama e tudo, sobre uma balança gigante. Quando a vida cessou, a balança mexeu de forma repentina  como se algo tivesse deixado o corpo, a balança mexeu 21 gramas, e o doutor concluiu que esse era o peso da alma.
            Deixemos estas coisas pra lá e voltemos ao nosso mundinho de perguntas sem os esclarecimentos, ou melhor, dúvidas, trazidas pela medicina, a biologia, a física quântica ou o ramo científico que seja. Vamos levando na nossa ignorância, na nossa fé: Deus existe? de onde viemos? qual é o sentido da vida? o que acontece após a morte? há vida fora da Terra? destino existe?
            De novo Quintana, desta vez com indagações: - “a resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas”-.
            Vivemos hoje na sociedade da informação, da informação facilitada, rápida, pronta, é fato. A cultura geral piorou, a filosofia está em crise porque está à margem da sociedade e perdeu lugar, espaço. Perguntamos para que serve a filosofia? Tudo. A filosofia nos ensinou o método, lógica, teoria, conhecimento. Como aplicar uma lei sem discutir ética, moral, julgamento, valores? Como aplicar uma ciência sem discutir hipótese, tese, lógica. Tudo isso está em uso, mas a filosofia está em desuso. A informação banalizada não exige método de pesquisa, a pesquisa não é mais nem em livros, é na internet. Tá tudo à mão, não precisa esforço, todo mundo sabe tudo, basta um click.
Mas o mistério da fé continua, ainda bem!

domingo, 15 de setembro de 2013

Preço não é tudo! Diz o consumidor atento. Quero qualidade, mais que isso, legitimidade...

Dois conceitos: lucratividade e cidadania se convergem e viram um único conceito, sustentabilidade.  Compondo isto temos o conceito de cidadania empresarial que nada mais é do que a evolução de padrões de comportamento empresarial socialmente responsável.
O consumidor atento já sabe diferenciar a empresa oportunista e a empresa cidadã.  Procura, por produtos politicamente e ecologicamente corretos. Quando digo politicamente, digo que há vontade do consumidor em adquirir produtos e serviços cuja cadeia produtiva paga regularmente seus impostos, oferece emprego enfim tem valor social.  A empresa que atua de forma politicamente correta tem preferência.
Inserindo o conceito ecologicamente correto, o consumidor hoje, por exemplo, de vários que se pode dar, preocupa-se com situações relacionadas ao tratamento dos resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Novos interesses surgem como o de saber sobre o nível tóxico de componentes e os cuidados com relação à utilização e dispensa do material de consumo, o suprimento e resuprimento daquele produto ou aparelho. Existe logística reversa? Já é questão de interesse do consumidor consciente.
Há um substancial aumento das pressões da sociedade para produtos e processos ecologicamente corretos, a reciclagem ganha força e a logística reversa é um dos principais motores deste movimento. Além de contribuir legitimamente para a redução dos impactos ao meio ambiente há um ganho de imagem para a empresa que o faz. Há exemplos de reciclagem que já são práticas comuns: latas de alumínio, garrafas pet, papel, dentre outros itens de pós-consumo.
Mesmo nas atividades mais triviais como na venda de picolé e salgadinhos na rua o consumidor já observa a limpeza do entorno, a cesta de dispersão do lixo. O que é feito das cascas, do resto da moagem, da sobra da trituração de alguns alimentos in natura? O consumidor já quer saber.
São conhecidos os casos de envenenamentos por armazenamento de bebidas de consumo humano ou animal em embalagens de agrotóxicos. São inúmeros os danos causados por baterias de celulares, pilhas, lâmpadas junto ao lixo comum.
A nova concepção de empresa social ganha adeptos não só nos países desenvolvidos mas também nos países emergentes, consumistas por essência, em razão do desenvolvimento de uma sociedade de consumo. Produtos chineses estão sendo rechaçados pelo conhecimento do inadequado emprego de mão de obra naquele país. Preço não é tudo! Ainda mais se a qualidade é duvidosa, diz o consumidor atento.
Os consumidores querem além da qualidade, a legitimidade da produção. No próprio Brasil, confecções capitaneadas por empresários coreanos e também brasileiros, explorando mão de obra boliviana já são marcadas como produto inadequado, e o pior, a exploração da condição humana muitas vezes não se traduz em um melhor preço e a qualidade ainda é baixa. Pura ganância, conduta empresarial inadequada.
O comportamento socialmente responsável dos empresários da produção e do varejo terá que sair do conceito simples de governança empresarial para um contexto mais amplo, o da governança social e política. Sugere-se uma maior vigília, maior feedback, mensuração da satisfação, da aceitação, aferição da imagem institucional, ou seja, tudo que venha determinar o necessário comportamento para obter sustentabilidade. Tudo isso vai muito além do tradicional conceito de oportunista nos negócios.

Os códigos de conduta empresarial em qualquer nível, local, intermunicipal, nacional e internacional devem levar em conta os fatores aqui abordados. A conduta social da empresa vai determinar sua sobrevivência, sua fatia de mercado, amplitude de negócios. A universalização de uma nova governança empresarial em particular a governança voltada para avaliação das relações sociais e políticas da empresa é que determinarão suas ações de marketing. Seria o marketing institucional renovado em seus efeitos concretos, não só preocupante com a imagem mas com o convencimento de que aquela empresa é referência de boa prática, de convivência social harmoniosa, de respeito ao meio ambiente. Realmente, uma empresa cidadã.

sábado, 18 de maio de 2013


Vim embora da roça pensando:
 “assim caminha a humanidade”,
e as Empresas?

O ambiente era de um velório na roça. Sujeito engraçado, querido, lendário, morreu. Se era popular? É claro, o velório tava cheio de gente, ainda mais velório em casa. Vamu bebê fulano lá na casa dele! Assim se fala no interior.

A prosa iniciou-se com um cumprimento: oi cê tá bão? Há quanto tempo não nos vemos! Pois é faz uns 30 anos. Pois é, trinta anos atrás eu estava com 30 anos, você hoje tem quantos anos? O outro prontamente disse 75. Então nossa diferença é de 15 anos, beirando os 60, exclamei!

A conversa foi evoluindo. Quando eu tinha 30 anos você tinha 45 e eu vinha aqui passear e achava você velho pra caramba. Isso; acho eu, é porque sou de cidade grande, vinha aqui nessa roça passear.  Andava na moda, tênis, calça jeans, óculos escuros, boné invocado, camiseta certinha no corpo, não tinha nem barriga. E você, vestia-se como está hoje, calça de casimira e camisa de tecido convencional, boco moco. Desculpe a sinceridade, mas acho isso mesmo, você é meio boco moco. Concordaram.

Mas me diga, quem é que envelheceu mais? Pensa bem! Se o boco moco aqui tinha 45 e você 30, então valia uma vez e meia você. Agora eu tenho 75 e você 60, faça a conta, você tá me apanhando, você é que está ficando velho. Nada pude fazer, ele me trucou, realmente o boco moco tava certo, 75 dividido por 60 não dá nem número inteiro. Fiquei com uma sensação de velho.

Ficamos ali, jogando conversa fora, perguntei sobre aquele lavrador que saia lá do seu canto onde nem luz tinha para vir até a venda do finado tomar umas. Lembramos; o dito cujo chegava lá na venda batia no lombo do burro e o burro voltava sozinho lá pro canto escuro no meio do mato. Lá pro meio das tantas o lavrador ia embora, a pé, trupicando nas pedras e falando o nome vulgar da genitália feminina. Isto depois de ter falado o palavrão pela enésima vez lá na venda, com a boca cheia, várias vezes. Teve até caso de um turco que jurou o lavrador de morte. Toda noite a mesma coisa, o lavrador ia embora rua afora, trupicava e gritava o palavrão.  Foi jurado de morte. Se ele trupicasse na frente da casa do turco falasse aquele palavrão debaixo da janela de suas três moças, morria. Não deu outra, o pobre labrador tomou umas, ia voltando a pé e trupicou, gritou: tem jeito não turco, é ela mesma!  Morrer não morreu, foi me dito, tá vivo até hoje, mas não anda mais de burro, só de cadeira de rodas, precisa sempre de um apoio um parceiro forte, inteligente e que tenha boa vontade. O burro já morreu.

Bom; a conversa voltou aos trilhos, a roda aumentou, e o sujeito que havia me trucado, o boco moco, resolveu contar a conversa para os outros. Não deu outra, um habilidoso negociante contou um caso semelhante. Era um sujeito de 60 anos, havia lhe tapeado quando ele tinha 20 anos. Foi numa venda de gado, coisa de por o gado em um pasto emprestado e o ancião ao invés de vender o gado dele vendeu o gado do jovem negociante que estava em seu pasto. Daí houve um acordo e o jovem ficou conformado, respeitou, pois o ancião tinha 3 vezes a sua idade. Daí a mais exatamente 20 anos o experiente negociante já com 40 anos foi tapeado de novo pelo ancião, à ocasião com 80 anos. Tinha o ancião liberado a porteira para que ele levasse um gado, quando tinha pesado outro gado. Levou gado magro por gado gordo. Nesta não teve jeito, voltou lá e desfez o negócio dizendo: daquela vez ocê valia 3 de eu, agora não, cê tem 80 e eu 40, portanto não o respeito tanto, você só vale 2 de eu!

No trilho a conversa seguiu, chegou o pai do jovem negociante e falou: quando você nasceu eu tinha 20 anos, eu valia 20 docê. Você quando tinha 10 anos eu tinha 30; só valia 3 docê. Ficamos perplexos, “assim caminha a humanidade”, era a frase clássica que veio a todos, na reflexão.

Vim embora da roça pensando: a vida empresarial é assim também. Algumas empresas ficam estabilizadas enquanto as outras vão se aproximando em valores os mais diversos como marca, tamanho, mercado.  Temos exemplos de tradicionais empresas gigantes que perderam espaço para jovens empresas e sucumbiram. Realmente, há empresas mais antigas que eram várias vezes maiores que outras mais novas e menores e foram diminuindo ou ficaram estagnadas enquanto as mais novas cresciam. Há ainda empresas tradicionais que para continuarem ativas tiveram que buscar parcerias. Já não é nem absolutamente certo que uma empresa deva almejar a sobrevivência - pelo menos nos moldes em que foi criada.

sexta-feira, 29 de março de 2013

O computador pode fazer muito por você.


E agora...
vou ter que aprender a mexer com computador?

Os computadores apresentam defeitos com o passar do tempo. Programas já não abrem mais; as causas não se podem precisar, são diversas. Uma série de erros acaba levando a máquina a uma pane geral. A falta de cuidado do usuário é uma causa que não se deve rejeitar.

Ainda bem que é possível parar tudo e começar do zero quando se trata de computadores. Formatando a máquina se consegue fazer com que tudo volte a funcionar corretamente.

E com as empresas é possível parar tudo e recomeçar? E com a gente é possível reparar estragos e se tornar saudável? Neste último quesito não vou opinar.

Na “máquina” é possível realizar ações preventivas periódicas, verificação de erros. É possível até agendar a verificações. Os procedimentos de manutenção são inúmeros e eficientes.

Falando em computador, certa ocasião, quando por mim era conduzida uma atividade de consultoria evolutiva de processos de compras, um empresário, diante de uma situação que exigia uso de internet e de um sistema aplicativo perguntou-me preocupado: E agora... vou ter que aprender a mexer com computador? Disse-lhe não, não é necessário você saber mexer com um computador. Você é um empresário, deve saber que sua principal função é “bolar” estratégias, prover recursos às pessoas mais competentes para conduzir tarefas como “mexer” com um computador.

Em “off” lhe disse: o que você tem que saber é o que o computador pode fazer por você na melhoria dos processos empresariais, na melhoria da comunicação empresarial e no aumento da informação sobre o seu negócio. Contrate um desses “geniozinhos”, pague-o um salário decente, coloque-o ao seu lado e terá sucesso.

Tal empresário tinha uma solução ainda melhor. Tinha lá um parente próximo, de confiança, entusiasmado com computação. Num instante sua empresa estava informatizada no aspecto compras.

Com o passar do tempo viu que necessitava de algo mais. Agora as vendas é que precisavam ser registradas a contento. Pairava uma dúvida: qual regime fiscal adotar.

Resolveu arriscar, começou a registrar também as vendas, integralmente. Com isso tinha controle de compras e vendas. Estabeleceu controle de estoque, descobriu que, o que economizava em impostos saia pelo “ralo” do descontrole. Pedia itens sem necessidade não tinha controle de estoque mínimo para um espaço de tempo e ainda, a “sangria” era evidente.

Constatando tudo isso deu razão àquele profissional de contabilidade que lhe disse: “cuidado com o SIMPLES, o SIMPLES pode ser bom apenas para o Contador, é simples”. Hoje sua empresa adota o regime tributário pelo    LUCRO REAL e consegue com isso ter controle de vendas e compras, despesas e investimentos, com redução de carga tributária.

Antes de começar a “mandar ver”, o empresário demonstrou vontade de evoluir. Buscou conhecer outros empresários, frequentou feiras de produtos e de tecnologia de gestão. Participou de “oficinas” e palestras e deparou com problemas e soluções afins. Passou por consultorias coletivas e individuais, ouviu, internalizou e aplicou. Ganhou, não sei; o game empresarial nunca acaba. Só sei que tem hoje maior competitividade mantendo backup e seus arquivos a salvo.

E eis que finalmente é possível dar início à formatação propriamente dita. Caso você não for instalar nenhum outro sistema operacional a não ser o que você insiste em não mudar, não tem problema, você não evoluirá. Estará optando então pelo sistema que você acha mais seguro.

Aperte reset para reiniciar a mesmice ou F3, para cancelar a formatação.

Espero ter ajudado!

sábado, 24 de novembro de 2012

Os tempos modernos exigem adaptação


Aqui estamos de novo. Lembro que os artigos aqui disponíveis são simultaneamente publicados na Revista IN PACTO. Digo com humildade que além de artigos também ordeno pesquisas, posso chamar isso de coletânea. Importante é avaliar se mantemos a proposta da coluna: produzir ensaios que possam contribuir para um debate legítimo sobre economia, administração e negócios no centro nordeste mineiro, de forma regional, mas com visão global.
Desta vez, lembrei-me de um evento cooperativista do qual recentemente participei no sul país. Lá um palestrante de renome internacional, autor dos livros, Tudo que você queria saber sobre propaganda e ninguém teve paciência de explicar e O marketing na era do NEXO, falava sobre a morte de Steve Jobs e sua repercussão. Muitas foram as reflexões sobre as posições e realizações deste gênio da tecnologia e da inovação.
Dizia o palestrante: “Nunca o mundo dos negócios sofreu tamanha metamorfose como nos últimos anos. Nosso grande problema é que tecnologia e negócios mudam rápido, mas pessoas não”. A afirmação é de Walter Longo.
Na palestra as frases prontas iam saindo. – “Seu negócio não é o que você pensa, mas o que os clientes compram” -. Daí lembrava-me, diacho; pensava a mesma coisa quando disse em um dos meus artigos: ... em uma empresa você pode controlar tudo, menos as vendas. Motivei-me e pensei, estou mesmo em sintonia com o novo. Estou cumprindo o compromisso com os leitores de IN PACTO.

E mais frases vinham – “Cliente não tem sempre razão. Ele quer que você diga o que ele deve querer”. – “Tamanho não é documento. O mais importante é o tamanho da visão da empresa”. Pensava; que espetáculo, como seria bom que mais empreendedores e agentes econômicos de Guanhães e região estivessem aqui para ouvir isso.

Internalizei uma coisa muito importante. A perfeição é uma meta, mas o perfeccionismo é um defeito. No mundo dos negócios o bom não é inimigo do ótimo. Hoje já não precisamos buscar o ótimo sempre, mas o suficientemente bom, esse é o conceito das empresas de sucesso. 

Uma nova postura é exigida dos líderes. Estes devem criar um ambiente organizacional para que os colaboradores ou funcionários rebeldes sejam bem-aceitos. Anotei: os agentes inovadores dentro das organizações, que estão abertos à inovação e à quebra de paradigmas, têm um pouco desses rebeldes, mas também das pessoas otimistas e felizes, que possuem visão e são capazes tanto de trabalhar em grupo quanto individualmente.

O conceito de trabalhar em equipe hoje é discutível. Há tantas pessoas preocupadas em trabalhar em grupo que acabamos perdendo a coragem e a ousadia desses indivíduos. Se pensarmos num país, ele não evolui apenas por disseminar cultura, mas por nutrir seus rebeldes. Nas organizações é a mesma coisa. São esses rebeldes, aquelas pessoas difíceis, que contestam a autoridade, que criam diferenciais e fazem a empresa ir para frente.

É bom que se diga. Atenção! Walter Longo chama de rebelde não o profissional contra tudo, mas aquele que tem ênfase faz as coisas com paixão e acredita no impossível.

Voltando ao que Steve Jobs pensava e estava certo quando a Apple lançava um produto que estava suficientemente bom. Se era novidade, mesmo que para ele, Steve, não estivesse perfeito, atrairia compradores e traria parcerias para o desenvolvimento da próxima versão. O iPhone foi se desenvolvendo, parceiros tecnológicos se aproximaram da Apple para mostrar adequacidade, fazer alianças para a melhoria da inovação lançada.


Acho que o escrito até aqui já está suficientemente bom para ser entendido. Devo finalizar lembrando que na velocidade do tempo em que vivemos uma oportunidade deve ser imediatamente aproveitada. O mercado é cruel e pune aqueles que ficam “patinando”, hesitando e não agem em função de ficar esperando a perfeição o momento mais adequado. Steve Jobs surpreendeu, acho que ouviu Vandré, “quem sabe faz a hora não espera acontecer”.

sábado, 29 de setembro de 2012


Reflexões e Estratégias
TPM em três tempos:
 
Tempo Para Meditar,

Tempo Para Mediar,

Tempo Para Movimentar.

Mais um número da revista IN PACTO e aqui estou diante de um dos maiores desafios do homem, um lápis e uma folha de papel em branco esperando uma idéia. É bem verdade que nos dias de hoje o lápis é um teclado e a folha de papel um documento Word pronto para receber, no caso, uma idéia relacionada com o tema, economia, administração e negócios. Queria eu ser um desenhista, pintor para, inspirado, desenhar uns traços, pintar uma aquarela. 

Vamos lá! Falar de um planejamento estratégico é coisa batida demais. Os mais familiarizados com o tema já sabem de cor e salteado sobre o triedro do plano, o estratégico, o tático e o operacional. Sabem mais; que um planejamento estratégico organizacional é idealizado de acordo com o porte e a estrutura da empresa. Esta estrutura é que vai definir a mobilização dos principais funcionários. É o que se chama de planejamento participativo. 

Mas e aí? E se não houver competências suficiente para discussão dos rumos do seu negócio. E se você empresário estiver sozinho no barco. Você sozinho vai ter que formular objetivos, estabelecer prioridades a curto e longo prazo. Vai ter que colocar sua visão, seu sonho, o futuro realizável. Tem ainda que definir sua missão, seus rumos. Minha empresa existe pra quê, melhor dizendo pra quem. 

Se for pesquisar demais vai cair na matriz de swot e aí vai complicar. Terá que exercitar pontos fortes e fracos, ações de manutenção e desenvolvimento do negócio, ameaças e oportunidades proporcionadas pelo mercado, concorrência, cenários, conjuntura econômica, governo. Voltando à proposta e nome desta coluna, qual seja: pensamento regional com visão globalizada vou simplificar isso tudo. 

Siga três etapas. Primeiro, selecione princípios. O que vem a ser isso? Selecionar princípios é reunir todas as informações sobre seu negócio. Veja suas finanças, capital próprio, viabilidade de trabalhar com capital de terceiros. Pesquise fornecedores, potenciais clientes, mercado. Veja seu estoque, enfim junte tudo em uma mesa. 

Examine todos os documentos selecionados. Descarte o que não é importante. A partir daí é que você poderá entrar na terceira etapa; execução do seu plano de negócios. Entendido então? Selecionar princípios, examinar e executar. Faça as coisas nesta ordem.

Vou simplificar mais ainda, e mais, vou usar uma sigla muito dita hoje para você não esquecer, TPM, isso mesmo TPM. No caso em questão uso a sigla para mostrar três letras que simbolizam: Tempo Para Meditar, Tempo Para Mediar, Tempo Para Movimentar.

Estão vendo; tudo é a mesma coisa. Estratégico é igual “Tempo Para Meditar” que é igual selecionar princípios. Tático é igual “Tempo para Mediar” que é igual analisar e por último, operacional é igual executar que é igual a “Tempo Para Movimentar”. Guardem apenas isso, TPM em três tempos: meditar, mediar e movimentar.

Convido-os então a freqüentemente analisar nossas tarefas realizadas e ter como meta apontar para nós mesmos o que poderia ter sido melhor, o que podemos fazer melhor, seja no uso dos recursos materiais, humanos e financeiros ou na redução de tempo gasto em tarefas que não trazem resultados.

Há sempre o que mudar, sair da mesmice, questionarmos como desenvolvemos nossas tarefas, quais os métodos e estratégias estamos utilizando. Não existe uma ferramenta, um jeito melhor? Podemos as vezes estar cortando o pão com uma colher. 

Uma vez decidida a iniciativa, trace cenários, separe pontos críticos, veja as alternativas, tome uma postura, aja!